
Se ele não quiser... o quê?
Desde que trabalho com os meus meninos tenho assistido, incrédula, às afirmações mais incríveis - tanto dos pais, como médicos e enfermeiros.
A frase que ganha é, sem dúvida, esta:
"Ele(a) não quis comer... veja lá, se não quiser comer não insista".
Então é assim: o bebé não quis o jantar, não tomou o pequeno-almoço e, se não quiser almoçar, não precisamos de nos aborrecer. Simplesmente, não insistimos.
A mais recente: "o médico receitou mas se ele não quiser, não dê".
Bem... estamos a ficar todos loucos???
A minha mãe, velhinha nestas andanças - tanto de tomar conta de bebés como de tomar conta dos pais (sim, eles dão bastante mais trabalho que os seus rebentos!!!), pede a comparência de ambos e venha de lá o sermão!
"As crianças não têm quereres! Era só o que faltava! Não querem comer, não se dá comer; não querem água, deixamos-los desidratar; não gostam do medicamento??? Estão à espera que eu deixe de lhe dar o medicamento para ele não chorar? Eu prefiro que ele chore! É preferível que ele chore a comer, a beber água ou a tomar o medicamento que depois chorarmos nós, quando estivermos no hospital a ver o menino a gritar, porque está cheio de agulhas, a soro e sabe-se lá mais a quê!"
Este discurso da minha mãe... já o sei de cor. Mas, infelizmente, a minha mãe tem de repeti-lo vezes sem conta.
Só este ano, a minha mãe teve esta conversa tantas vezes que lhes perdi a conta... ontem, duas pérolas (sim, no mesmo dia!!!):
Um não queria tomar o medicamento, a outra não tinha jantado porque fez birra e a avó insistiu com a mãe que se a menina não quer, não come.
Parece que os pais de agora fazem de tudo para que os bebés não sejam importunados. Deixam-nos fazer tudo o que querem, como querem, às horas que querem. As birras aumentam de intensidade e frequência de mãos dadas com o crescimento da criança...
São bebés... mas, e amanhã? E quando forem adolescentes? Como irá ser?
Desde que trabalho com os meus meninos tenho assistido, incrédula, às afirmações mais incríveis - tanto dos pais, como médicos e enfermeiros.
A frase que ganha é, sem dúvida, esta:
"Ele(a) não quis comer... veja lá, se não quiser comer não insista".
Então é assim: o bebé não quis o jantar, não tomou o pequeno-almoço e, se não quiser almoçar, não precisamos de nos aborrecer. Simplesmente, não insistimos.
A mais recente: "o médico receitou mas se ele não quiser, não dê".
Bem... estamos a ficar todos loucos???
A minha mãe, velhinha nestas andanças - tanto de tomar conta de bebés como de tomar conta dos pais (sim, eles dão bastante mais trabalho que os seus rebentos!!!), pede a comparência de ambos e venha de lá o sermão!
"As crianças não têm quereres! Era só o que faltava! Não querem comer, não se dá comer; não querem água, deixamos-los desidratar; não gostam do medicamento??? Estão à espera que eu deixe de lhe dar o medicamento para ele não chorar? Eu prefiro que ele chore! É preferível que ele chore a comer, a beber água ou a tomar o medicamento que depois chorarmos nós, quando estivermos no hospital a ver o menino a gritar, porque está cheio de agulhas, a soro e sabe-se lá mais a quê!"
Este discurso da minha mãe... já o sei de cor. Mas, infelizmente, a minha mãe tem de repeti-lo vezes sem conta.
Só este ano, a minha mãe teve esta conversa tantas vezes que lhes perdi a conta... ontem, duas pérolas (sim, no mesmo dia!!!):
Um não queria tomar o medicamento, a outra não tinha jantado porque fez birra e a avó insistiu com a mãe que se a menina não quer, não come.
Parece que os pais de agora fazem de tudo para que os bebés não sejam importunados. Deixam-nos fazer tudo o que querem, como querem, às horas que querem. As birras aumentam de intensidade e frequência de mãos dadas com o crescimento da criança...
São bebés... mas, e amanhã? E quando forem adolescentes? Como irá ser?
1 comentário:
As crianças de hoje não respondem a ninguém. Por essas e por outras é que eu levei um estalo de uma aluna minha (14 anos), só porque eu lhe pedi para me dar o telemóvel. De pequenino...
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