Aqui está a minha vida...

... esta areia tão clara com desenhos de andar dedicados ao vento.

Cecília Meiréles

terça-feira, 28 de julho de 2009

Hoje fiz o que o HB me pediu...









...e fez-me muito bem.







Ele disse-me para sair de casa... e saí. Com o meu paizão que eu adoro e que queria muito andar no comboio que passa por todas as praias da Costa da Caparica. Foi giro. E foi tão bom ver o meu pai feliz como uma criança a quem se fez o que ela tanto queria.
Passei mais uma noite acordada. O Toni também. Creio que consegui contagiar-lo com a minha insónia [perdoas-me?]. Adormecemos por volta das 4 horas e acordamos às 6. Podres, claro. Ele foi trabalhar... e eu decidi - a muito custo - continuar com os meus planos.

Ficar em casa só iria piorar a situação. A minha depressão estava insuportável e o cansaço não me dava tréguas. Só me apetecia encher-me de comprimidos e dormir... para o resto da vida.

Vesti-me e lá fui com o papi para a Costa.






Chegamos lá e apanhamos o tal comboio...







Estava um frio de rachar e eu com uma camisolinha de alças. Congelei, com é óbvio. Mas, sempre que olhava para o meu pai, com um sorriso tolo e olhinhos a brilhar, sentia-me tão feliz que depressa esquecia que estava com frio. Porque o vento, na Costa, é sempre gelado.

Vinte paragens depois, Fonte da Telha. Praia simpática, bandeira verde (vá lá... está sempre vermelha). Muitas crianças - lindas, diga-se de passagem. Muita brincadeira. Correrias. Risos.

Tirámos fotografias, tentámos ir à água (fria, muuuiito fria, como é costume, unff...), falámos de tudo e de nada...

Entretanto, o meu pai foi dar a volta do costume. Fiquei uma hora sozinha. Com o mar. Com o sol. Com a brisa fresquinha envolvida em maresia.... E com a velhota simpática que estava atrás de mim. E os miúdos ali ao lado...

- Ó mãe olha ele...

- Deixa a tua prima em paz...

- Foi ela!

-Sara! Não te metas com o teu primo, faz favor.

O sol estava quente. Tentei, mais uma vez, entrar na água (estou a precisar tanto de nadar...). Fria? Não!!! Com-ple-ta-men-te-ge-la-da!

O meu pai chegou e resolvemos que estava na hora de ir embora.

O comboio ía cheio. Um grupo enorme de senhoras e senhores de Carnide. Muito alegres, diga-se.E cantaram, bateram palmas, meteram-se com todas as pessoas que viam: inclusivé os nudistas. Sim. Nudistas. As senhoras, principalmente! Coitados... eles, bem se escondiam atrás dos arbustos... não lhes valeu de nada (eu até tirei fotos, eh, eh...).





O meu pai - como um menino solto na Disneylandia - cantava, ria alto, batia palmas, acenava a todos... que bom vê-lo assim, tão feliz (fez-me tão bem...).








Fomos almoçar ao Panças. Comi como uma alarve. Costeleta de novilho grelhada. Enorme. Comi um terço, se tanto. Sobrou. Trouxe para casa (como é tradição daquele restaurante).

O meu pai deixou-me em casa. Feliz da vida. Eu estava cansada. Mas um cansaço bom...

Tomei um banho, exibi-me ao espelho: estou com uma corzinha!!! Há anos que o sol não tocava a minha pele! Fui-me deitar... e dormi.

Acordei. Sentia-me bem. Como há muito não me sentia.

Obrigada, pai...

[Obrigada HB.]

1 comentário:

Miguel Ângelo disse...

O teu pai está muito bem nas fotos e tu? Onde andam as tuas?

Fico à espera das tuas fotos!

Abraço,

ps. quem é o HB?

(não é o tampão... não, pois não?)

 
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