Aqui está a minha vida...

... esta areia tão clara com desenhos de andar dedicados ao vento.

Cecília Meiréles

quinta-feira, 21 de maio de 2009




You don’t know me, you don’t wear my chains.


Augustana - Boston




Fotografia de Carlos Neto

Esta foi uma daquelas noites... mas porquê tanto medo? E... medo de quê?

Toda a minha vida procurei uma justificação para este problema. Vidas passadas? Traumas de infância? Insuficiência do yin do Rim?

Não sei. Só sei que isto que sinto aumenta a cada dia que passa.

Castrador. O medo...

Em criança, esperava que os meus pais dormissem e ia dormir para a sala. Adormecia com um mantra na boca "medo, medo, medo"... sentia as minhas pernas dormentes, o meu corpo transpirava e, ao mesmo tempo, tremia. Tentava não fazer qualquer barulho - até com a respiração - para poder ouvir melhor. Ficava de olhos bem abertos... até o sono vencer o monstro.

Eu cresci assim. Em silêncio. Com medo.

Acorrentada.

O pior de tudo é que ninguém consegue compreender...

Esta noite... será que irei dormir?

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