A minha Nia morreu hoje. Avó paterna e minha madrinha de baptismo. Desde pequenina, a minha Nia.
Grande e muito gorda, costumava dizer que eu saía a ela. Eu, em pânico, rezava para que quando crescesse, não ficasse assim, como ela.
Foram Verões inteiros. Todos os anos... cresci sob as suas grandes mamas de 2,5 kilos (cada!!!), que me sufocavam sempre que ela me abraçava (explicado o meu medo de crescer gordinha como ela?).
Tinha os seus defeitos e não eram poucos. Mas eu também os tenho e também são muitos.
Ninguém estava à espera que ela partisse assim, tão de repente. Não está a ser fácil aceitar que assim foi.
Não obstante, eu acredito que esta vida é tão somente uma estação de uma viagem muito grande. Já parámos em muitas estações e passaremos por outras tantas.
Para a minha Nia, o seu tempo nesta estação terminou. Começou uma nova viagem até à próxima estação. Se nos encontraremos, não sei… o que sei é que nesta estação, nesta nossa vida, fomos avó e neta. E foi bom.
Um beijinho minha Nia… boa viagem e até de repente…
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