Aqui está a minha vida...

... esta areia tão clara com desenhos de andar dedicados ao vento.

Cecília Meiréles

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Quando o Corpo Fala...

Estes últimos meses têm sido assim, uma torrente de sentimentos envolvidos em dor. Porquê? Perguntei-me, vezes sem conta... como se eu não soubesse a resposta.

"A Susana sabe que a sua meta é por determinado caminho... contudo dá voltas e mais voltas e acaba por andar sempre perdida."

Alguém me disse isto, há muito tempo atrás. Eu, sinceramente, continuo sem saber que caminho é esse. Ou que meta. Só sei dizer que tenho cada vez mais a certeza que o caminho não é aquele que teimei tanto em percorrer.

Mas é tão difícil mudar... ou serei, somente, cobarde? As mudanças assustam-me. Porque eu nunca gostei de mudanças - acho que é por ser do signo Touro, não sei. Tenho medo que tudo corra mal. E se correr? O que faço depois?

Mas o meu corpo - espelho da minha mente - grita. Grita porque até aqui, não tenho querido ouvir.

Ontem, estive com uma amiga do coração. Contei-lhe das mudanças que estão para acontecer, de como está tudo programado. Foi uma manhã bem passada - deveria acontecer muitas mais vezes.

Ao longo do dia, contudo, as dores intensificaram-se de uma tal forma que nem sei como consegui estar o resto do dia. Eu só recorro aos analgésicos quando a dor ultrapassa em muito o suportável. Eu desenvolvi uma grande resistência à dor. Só choro quando alcanço o ponto em que fingir torna-se completamente impossível.

Ontem, tive que voltar aos analgésicos... voltei a chorar de dor. Porque dói tanto.

Mas, o que se passa? Porque é que andas assim? Não sei, Toni. Não entendo... só sei que já não aguento mais tanta dor.

Mais aparelhos, pomadas, choques eléctricos...

Tive uma noite muito agitada. Os meus ouvidos pareciam que iam rebentar de tanta dor.

De manhã, fez-se um click (aliás, este click tem-se manifestado todos os dias, eu é que não lhe tenho dado qualquer importância). Dores de ouvidos (nos último meses, têm sido mesmo muito fortes), dores de costas (in-su-por-tá-veis), dores nas pernas e joelhos, pequenos acidentes como queimaduras ou cortes (constantes). Eu já estive assim...

O meu corpo está a falar comigo e eu não posso continuar a ignorá-lo. Porque mesmo sabendo que a mudança já está a acontecer, eu ainda continuo reticente em muitos aspectos.

Começar a mudar não foi fácil, mudar não é fácil... mas sei que é para continuar.

Aos poucos, passo a passo... sei que encontrarei o melhor caminho para chegar à tal meta. Consegui-o com a EA. Conseguirei, concerteza, com tudo o resto na minha vida.

[quando o corpo fala... aqui]
 
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