Aqui está a minha vida...

... esta areia tão clara com desenhos de andar dedicados ao vento.

Cecília Meiréles

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Os técnicos dizem que o elevado número de vítimas na Madeira deveu-se muito à incúria de algumas pessoas que queriam fotografar, filmar...

...esta tarde, a protecção civil alertou para a iminente inundação no Douro. Segundo as notícias, centenas de pessoas deslocaram-se à marginal da Régua. De pé, sentados em cadeiras de esplanada, uma multidão esperava a inundação. Até os vendedores dos famosos Rebuçados da Régua lá estavam.

[mas o que é que se passa na cabeça desta gente?]

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Espelho meu, espelho meu...


Infelizmente, eu não sou uma pessoa vaidosa. Eu não tenho paciência para limpezas de pele, cremes, maquilhagem, unhas xptoz, cabeleireiro...

Cabeleireiro. Detesto ir ao cabeleireiro. Muito. Desde a primeira vez que fui e que me queimaram o cabelo todo ao ponto de ficar loira. Sempre que ia ao cabeleireiro, saía de lá sempre triste, desapontada. Parece que eu tenho um imã que atrai os piores profissionais que existem nesta área! Por isso, é tão raro lá ir. Só vou quando tem mesmo que ser.

Estou a passar por uma fase dessas, do tem mesmo que ser. Está bem, vamos lá...

Entrei no salão às 10h40. Saí às 16h50. Gastei... bem... não digo porque, para mim, esse valor chega a ser pornográfico [e logo eu, que sou o que de mais parecido há com o Tio Patinhas, no que diz respeito a gastar dinheiro comigo e em coisas que eu considero fúteis].

Então, vocês pensam: seis horas e um valor pornográfico depois, deves estar o máximo!

Pensam errado. Muito errado... errado com apontamentos de laranja, amarelo e vermelho. Sim, o meu cabelo ficou às cores. E, o mais engraçado foi a reacção da cabeleireira: lindo, ficou lindo!!!

Lindo.

Tudo começou com uma ondulação. Depois, a coloração. Depois, as madeixas. Depois... mais tinta? Sim, eu sei o que estou a fazer! Pois deve saber... e venha de lá mais um corte, muita escova, secador et voilá! Parecia que uma galinha tinha vomitado para cima da minha cabeça, para não falar no estado em que ficou cada fio de cabelo, parece palha de aço [daquele fininho que se usa para alisar os tachos].

Eu estou a passar uma fase dessas, do tem mesmo que ser. Custava muito ter tido sorte com a cabeleireira, só desta vez???

[custava???]

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pelos caminhos de Lisboa...

Nascida e criada em Lisboa. Conheço todas as ruas, ruelas, perpendiculares e paralelas, atalhos e corta-matos. Antigamente, eu costumava-me "safar" muito bem em Lisboa...


Costumava.

Pois... porque parece que já não me safo. Eu tinha que ir à Rua Braancamp e à Rua Castilho. E fui. Mas muito a custo... como se eu não conhecesse tudo aquilo como a palma da minha mão [afinal, já fui uma espécie de "guia turística" quando trabalhava como assistente de bordo, na Trantejo].

Apanhei o autocarro e saí no Marquês do Pombal. Voltas e mais voltas lá dei com a Rua Braancamp que, só por acaso, ficava mesmo ao lado da paragem de autocarro, onde eu saí. Pois...

Chovia tanto. Granizo!!! E a boa da filha mais velha do meu pai, que tinha que ir à Rua Castilho, lá começa a descer a Avenida da Liberdade. Para agravar a situação, meteu-se por atalhos e lá se perdeu, nas perpendiculares à dita.

Cheguei-me ao pé de um polícia e perguntei-lhe pela rua que procurava. Este olhou para mim, de alto a baixo e com um sorriso - que até parecia ligeiramente preocupado - lá me disse que é já ali... mas olhe que está a chover tanto que não se vê nada e está toda molhada, é melhor esperar que passe. Claro que aqui a impaciente não esperou.

Quando, finalmente, cheguei à Castilho - número um, para ser mais exacta - descobri que o edifício que eu queria era o... 75 (!!!!). Burra.

Toca a subir a Rua Castilho, paralela à Avenida da Liberdade, que tinha acabado de descer. E chovia. Muito... e o raio do granizo dói!

Subi e subi e subi... o raio da rua não tinha fim. Olhei para o lado: o Marquês do Pombal [a rir-se de mim, com certeza].

E continuei a subir até que lá encontrei o número 75. Ah... mas não é aqui... deram-lhe a morada errada [wtf???] Desculpe? É na rua ao lado, na Augusto Aguiar.

De novo na rua... mas a Augusto Aguiar fica a quilómetros daqui... a mulher deve ser louca [aqui eu já estava tão cansada, toda molhada... de saltos altos(!!!) que já praguejava].

Acreditam em Guias e Anjos de Guarda? Foi o que me valeu. Alguma coisa me disse olha para cima e eu olhei... Rua Joaquim Augusto Aguiar... ah! não é o António?! Também há o Joaquim e eu não me lembrava!

Antigamente, eu costumava-me "safar" muito bem em Lisboa...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

...the rain is gone...

I can see clearly now, the rain is gone,
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It’s gonna be a bright (bright), bright (bright)
Sun-Shiny day.

Johnny Nash

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

...



É no momento em que dizes "há vinte anos atrás, quando eu tinha 17 anos..." que te dás conta que estás a ficar... velhinha (!?)...



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Este blog não entra em politiquices...


No dia seguinte às eleições, o meu pai pergunta-me se fui votar. Não. Então, depois não te venhas cá queixar. Está bem.

Eu sempre gostei muito de política. A primeira campanha em que participei foi há décadas. Salgado Zenha... porquê? Sei lá... tinha onze anos. Só sei que não havia um tempo de antena, um debate, uma notícia que me escapasse. Atenta, absorvia tudo o que o meu candidato de eleição e todos os seus adversários discutiam. Na minha inocência, própria da idade, tentava compreender os diferentes pontos de vista, tentava perceber o que seria melhor para o meu país. Lembro-me de estar na escola e correr, aquando dos intervalos, para os portões para ver passar a comitiva barulhenta do meu candidato favorito.

Trinta e muitos anos depois, tudo isto me irrita... porque não consigo ver uma alternativa para o meu país. Sei que ele se está afundar... e que eu nada posso fazer.

Podias ir votar...

Poder, podia. Mas... em quem? No ano passado, foram horas e horas passadas a ver tudo o que eram campanhas, debates, programas de informação sobre as propostas dos vários partidos... e nada. Nada, nem ninguém. Este país está paupérrimo, no que diz a respeito a Pessoas credíveis com Vontade de Mudar alguma coisa. Votar em quem? Em quê... para quê?

Sempre considerei que Votar era um acto de muita responsabilidade que é mais que um Direito, é um Dever. Poderia votar em branco e mostrar a minha indignidade perante o poço em que os nossos políticos nos estão a afundar... podia.

Não, não votei. Nem em branco... nesse dia, não saí de casa, sequer.

[senti-me um pouco mal por não o ter feito, confesso... mas, depressa esse sentimento passava, porque a pergunta repetia-se: em quem?]

Uma vez que não votei, não me sinto à vontade de criticar este ou aquele partido. Este ou aquele deputado. Este ou aquele...

[até porque para mim, não há assim grande diferença entre eles]

Este país está moribundo e a classe política está-se a marimbar para isso...

E, eu... não posso reclamar. Sim, pai... não posso, porque não fui votar, já me disseste.

Mas... se há coisinha que me faz espécie são comentários como aqueles que oiço no Opinião Pública - na SIC Notícias: "Ai, coitadinho do Sr. Sócrates, que é tão bonzinho e que ninguém o deixa em paz" e tal. "Isto é tudo uma mentira para sujar a reputação do Sr. Sócrates -coitadinho - que tem feito tanto pelos portugueses"

Pois é. São estas pérolas que fazem desvanecer os poucos remorsos que, ainda, teimam em persistir por não ter ido votar. Não só os candidatos não valiam a caminhada, nem o tempo que teria de dispensar (de Sete-Rios, onde morava, a Queluz, onde está a minha mesa de voto)... tão pouco o povinho português, que insiste em andar com umas palas em frente dos olhos, tais asnos, atrás da cenoura prometida que jamais irão alcançar.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Abro mão da Primavera ...

Quero apenas cinco coisas…

Primeiro é o amor sem fim

A segunda é ver o Outono

A terceira é o grave Inverno

Em quarto lugar o Verão

A quinta coisa são teus olhos

Não quero dormir sem teus olhos.

Não quero ser… sem que me olhes.

Abro mão da Primavera para que continues me olhando.

Pablo Neruda

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Jaquinzinhos com Arroz de Grelos



Ora aqui está um jantar tipicamente português... já não fazia este prato desde que iniciei a minha dieta.








O Toni disse que estava bom. A mim, soube-me bem...






[as fotografias roubadas carinhosamente de um dos meus blogs favoritos: Cinco Quartos de Laranja... lá come-se muito bem]

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Eis o Gervásio...



[Obrigada, Fê!]

Eco-Lixeira ou como as pessoas não conseguem fazer aquilo que o Gervásio consegue...





Tenho três lixeiras a céu aberto perto de minha casa. Quero dizer, ecopontos. Mas, lixeiras.




Sempre que venho das compras, a mesma rotina: desempacotar, arrumar e tratar de quilos de embalagens que, quando não posso reutilizar, separo para a reciclagem. Ora, até aqui a rotina até se faz bem. O problema vem mais tarde...

Munida de três sacos - com plásticos, vidro e papel - lá vou eu até ao ecoponto. E eis o que encontro... uma autentica lixeira! E, o pior... nota-se que os contentores estão completamente vazios.

Ora, eu cá com os meus 148cm, um verdadeiro nanico de gente - quase pigmeu - dou voltas e mais voltas, estico-me toda... e nada. Não chego a nenhum contentor. Mas, eu recuso-me a ser uma badalhoca (perdoem-me, mas este é o adjectivo que mais se adapta àqueles que fazem o que o Gervásio, com certeza não faria, que é deitar os sacos lá para o monte). Então, lá volto eu - quase anã - a esticar-me como se fosse qualquer coisa feita de borracha.

Sujei-me toda. Porque caí no meio daquela nojeira imensa, as minhas mão tocaram nos contentores cheios de gordura e outras porcarias (eu ia escrever outra coisa, mas desisti a tempo...). E, todos sabem que eu sofro de uma patologia muito chata que me obriga a estar sempre a lavar as mãos, a desinfectar-me, a limpar tudo... a fugir a sete pés de tudo o que é imundice, por isso, imaginem como eu fiquei.

Ora... o fígado. Pois, o fígado. O tal fígado!!! Desatei a praguejar, furiosa no meio da rua. Não é possível: esta cidade transformou-se numa lixeira autorizada! E ninguém faz nada!!! Sem ser os desgraçados dos empregados da câmara que lá vêm, sempre que podem, limpar os que os porcos* sujam. É ser tãããão frustrante...

Ora vamos lá ver se nos entendemos: se um macaco consegue... será que é assim tão complicado uma pessoa acertar com a porcaria do contentor???

[*os porcos que me perdoem, eu sei que são muito mais limpos que o ser humano, tal como os macacos são muito mais inteligentes...]

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ontem o meu pequeno almoço...







...foi diferente,
patrocinado pela
minha querida ...








Aliás, todo o meu dia - que foi fenomenal - foi patrocinado pela minha amiga. Passeámos, conversámos, almoçámos* ... já não estávamos juntas há algum tempo. Juntas, fisicamente, claro.

Porque estamos sempre juntas entre um Voo e o outro...

Obrigada, amiga querida: pelo Crepe de Frutos Silvestres e Gelado de Framboesa, pela companhia, pelas palavras amigas... por estar sempre aí... mana do meu coração.

[O almoço foi Arroz de Cabidela, que eu cá, já que é para tirar a barriguinha de misérias, que seja em grande]

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Acabei de saber que...



...mais um amigo alcançou a meta!
Parabéns, Ricardo!
E muitos pastéis de nata!!!

Alguns comentários davam um post...


O que eu escrevi aqui suscitou muitos comentários os quais desde já agradeço.

Cada vez acredito mais que, por melhor que seja o tratamento, a cura não é possível se não existir uma atitude positiva perante a vida, perante a doença, perante nós mesmos.

Existem pessoas que mal começam um tratamento já estão a dizer que com elas, esse tratamento não irá resultar. E não resultará, garanto. Pode até piorar...

Eu melhorei consideravelmente com a dieta pobre em polisacarídeos (aka dieta sem amido). Mas faltava algo em mim que não me deixava dar o passo em frente. Estava a tão pouca distancia da meta...

Faltava-me qualquer coisa que eu não sei muito bem explicar o quê. Acreditar, talvez?

Sim... porque Acreditar é a diferença entre a doença e a saúde, a vida e a morte. Mas, acreditar em quê e o mais importante, acreditar... como?

Os livros de auto-ajuda ajudam-nos a perceber que essas respostas estão dentro de nós. Ajudam-nos a compreender que são necessários passos extra, para chegar a determinado destino. Cabe a cada um, olhar para dentro de si mesmo e descobrir quais os passos que faltam para chegar lá.

Se é fácil? Se fosse, que vitória celebraríamos?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Start again with the sun...

Hoje é um bom dia para começar tudo de novo...
o Sol brilha tanto...
e está tão quentinho.

[vou continuar com as minhas limpezas... é uma espécie de limpezas de Primavera antecipadas. Pode ser que assim, a Primavera chegue mais cedo.]
 
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